27 de fevereiro de 2015

Madrugada Suja de Miguel Sousa Tavares




Sinopse

No princípio, há uma madrugada suja: uma noite de álcool de estudantes que acaba num pesadelo que vai perseguir os seus protagonistas durante anos. Depois, há uma aldeia do interior alentejano que se vai despovoando aos poucos, até restar apenas um avô e um neto. Filipe, o neto, parte para o mundo sem esquecer a sua aldeia e tudo o que lá aprendeu. As circunstâncias do seu trabalho levam-no a tropeçar num caso de corrupção política, que vai da base até ao topo. Ele enreda-se na trama, ao mesmo tempo que esta se confunde com o seu passado esquecido. Intercaladamente, e através de várias vozes narrativas, seguimos o destino dessa aldeia e em simultâneo o dos protagonistas daquela madrugada suja e daquela intriga política. Até que o final do dia e o raio verde venham pôr em ordem o caos aparente.

Opinião

O autor começa por narrar uma tragédia que aconteceu no Cromeleque dos Almendres numa madrugada suja. A descrição dessa noite é comovente e prende o leitor de imediato ao livro. Isto porque o presente, no livro, acontece cinco anos após o acidente mas até chegar a esse momento temos de ler sobre o que aconteceu muitos anos antes na aldeia de Medronhais da Serra.

Madrugada Suja aborda a história de três personagens, que são: Filipe Madruga, Eva Ribeiro e Luís Morais. Mas também é a história de Medronhais da Serra e dos seus habitantes.
Filipe Madruga é a primeira personagem que nos é apresentada. Filipe nasceu e cresceu em Medronhais da Serra e a sua história é narrada pelo próprio como também pelo pai, mãe e avós paternos. Ao mesmo tempo o leitor fica a conhecer os habitantes de Medronhais da Serra.
De seguida temos Eva Ribeiro a pessoa que mais dificuldades teve de ultrapassar depois da tragédia que mudou a sua vida. E é também relatada a ascensão de Luís Morais, que teve uma passagem muito breve por Medronhais da Serra, como médico. Por último temos Medronhais da Serra e os seus habitantes que pouco a pouco a abandonam deixando apenas um habitante.

Deparei-me com temas muito atuais e de grande interesse público, desde a desertificação das aldeias, a política, a corrupção, o suborno, a justiça e o caminho que uma pessoa comum percorreu para obter “dinheiro fácil” e chegar ao poder.

Este é o primeiro livro que leio do autor mas pretendo voltar a ler mais livros de Miguel Sousa Tavares.
Classificação: Gostei

22 de fevereiro de 2015

Sobre mim


A minha apresentação no separador (em cima) não diz muito sobre mim. Decidi fazer este post para inaugurar o separador DIVAGAÇÕES e para assim ficarem a conhecer-me melhor.
Sei que até agora tenho apenas feito post sobre opiniões de livros ou algo relacionado com livros. Mas quero fazer mais, quero falar sobre outras coisas. Assim começo esta nova etapa por falar um bocadinho sobre mim.

Chamo-me Tânia Gonçalves, tenho 27 anos e sou viciada em livros. Provavelmente já sabiam isto, mas não sabem que também sou viciada em séries (neste momento vejo/sigo 12), faço coleção de pacotes de açúcar, sou organizada (tenho vários cadernos e folhas em excell para comprovar) e odeio ter de me levantar cedo. Só mesmo o meu gato (chama-se Sushi) consegue ser mais dorminhoco do que eu.
Outra coisa que devem saber sobre mim é que quando faço um elogio num blogue sou sincera. Não sou de bajular nem de fazer falsos elogios. Quando escrevo, escrevo com sinceridade.

Desde pequena que gosto de ler mas só me tornei viciada quando comecei a trabalhar (isto porque os meus pais não me compravam todos os livros que eu queria, havia coisas mais importantes para comprar e foram poucos os livros que me compraram). Foi com o meu 1º salário (aos 18 anos) que comprei “Coração de Tinta” de Cornélia Funke e desde ai não parei.
Leio qualquer livro que me apareça. É claro que prefiro literatura fantástica/fantasia, romance e literatura leve e divertida (embora leve e divertido não seja um género). Tenho mais dificuldade em ler terror ou se abordarem profundamente temas mais pesados como violações, violência ou doentes em fase terminal.

Uma das minhas últimas loucuras foi criar o blogue. Eu já seguia alguns blogues mas queria participar ativamente. Queria poder dar as minhas opiniões, comentar e debater livros.
Desde Agosto de 2014 tenho o blogue “Mini estante literária”. Escolhi este nome, não sei bem porquê, tenho de confessar. Achei o MINI apropriado porque sou de estatura baixa e tenho poucos livros (comparando com os vídeos que vejo no Youtube). A ESTANTE é (óbvio) o local onde guardo os livros e, uma vez que ia falar sobre livros, surgiu a segunda palavra. Por último, LITERÁRIA, surgiu porque não gostava de mini estante, queria mais qualquer coisa e esta foi a primeira palavra que me lembrei.

Para mim foi difícil criar o blogue porque sou muito tímida e tenho dificuldades em expressar-me. O blogue ajuda-me a “quebrar barreira” e a sair da minha “zona de conforto” (como devem ter reparado escrevo muitas expressões e provérbios).
Ajuda o facto de o fazer anonimamente. Caso soubessem quem sou tenho a impressão que a vergonha venceria e teria ainda mais dificuldades em expressar-me. É claro que também gosto de manter o mistério/secretismo sobre quem sou e quando cometo erros vocês não tem uma cara a quem apontar. hehehe

Esta é a minha história. Esta sou eu, a Tânia, a pessoa que se esconde atrás do blogue “Mini estante literária”.

Eu gostava de saber como chegaram ao nome para o vosso blogue, porque o escolheram e qual foi o primeiro livro que compraram com o vosso dinheiro (um dos meus maiores pecados é ser curiosa). E podem fazer-me as perguntas que quiserem mas atenção porque posso não responder. Ainda não revelei todos os meus segredos e há coisas que nunca irei revelar.

20 de fevereiro de 2015

Apresentação das novas Rubricas

Olá,

Como disse no primeiro  post de 2015 tenho algumas ideias para alterar  as coisas no blogue. Já tenho vindo a fazer algumas dessas alterações desde Janeiro. As mudanças vão ser tanto a nível de imagem como de conteúdo.
Vou continuar a escrever as minhas opiniões literárias, a fazer TAG e a fazer outros post relacionados com livros. O que vai mudar são as novas rubricas: TOP e DIVAGAÇÕES.

Sobre o que falam estas rubricas?
- A rubrica Top, como o nome indica, é um espaço para dizer quais os meus TOP's favoritos (5 ou 10) de livros, autores e outras coisas que ache interessante partilhar (nem sempre relacionados com livros).
- A rubrica Divagações é um espaço para dar asas à imaginação. Aqui encontrarão pequenas histórias ficcionais, ou não. Também vou falar sobre política, saúde, problemas sociais, ambientais, beleza e qualquer outro tema que ache pertinente.
Não esperem encontrar algo especifico porque hoje posso reclamar ou comentar uma notícia que vi na TV e amanhã escrever um poema sobre o tempo ou a paisagem vista da janela do meu quarto.

Os blogues literários não precisam de falar apenas de livros e assuntos ligados a livros. Eu gosto de outras coisas ( irei falar posteriormente nelas). Todos nós temos outros e vários interesses diferentes. Devemos abordá-los e quem sabe ter boas discussões sobre outros temas.

Eu não sou escritora nem jornalista (vê-se pelos erros ortográficos, espero que poucos). Sou apenas uma contadora de histórias, uma rapariga que gosta de escrever e aproveitei o facto de ter o blogue para desabafar e expor a minha criatividade e fantasias.
Podem sempre deixar a vossa opinião sobre o assunto em debate, se gostaram e se concordam com o que leram ou podem EDUCADAMENTE mandar-me “pentear macacos”.

Beijinhos e boas leituras

14 de fevereiro de 2015

Talamh de A. J. Preto e Z. P. Almeida


Sinopse

No princípio, O Dagda e a sua consorte, A Morrígan, criaram o Universo. Para o reger criaram seres, os restantes dé, que, à semelhança deles próprios, coabitam aos pares. Cada dé olha para o Universo de forma diferente. Uns escolhem moldá-lo, outros educá-lo, os mais ousados decidiram povoá-lo.

Opinião

A sinopse não diz nada sobre a história até parece que não pertence a este livro. Foi tirada do prefácio e é a descrição de como surgiu o mundo. Para além do termos dé existem outros como: Dán, Edaat-grul, eezyrn, kulfire. Para saberem o que significam estas palavras e outras tem de ler o livro.
Para mim, as primeiras páginas foram um bocadinho confusas e não consegui perceber o que estava a acontecer. Quando comecei a perceber voltei atrás e só aí consegui entender o início. Outra coisa que me confundiu foi o facto de umas vezes a narração ser na terceira pessoa e outras vezes ser na primeira (algumas vezes demorei a descobrir qual dos três rapazes narrava a história porque na maioria das vezes era Anjou mas também vemos a perspetiva de Hawcon e de Streetcheaner).

Os autores apresentam Tír Na nÓg, um lugar onde existem vampiros, lobisomens, fénix, harpias, anões e muitas outras criaturas. Eu considero cliché o facto de os escolhidos serem do “nosso mundo” e serem transportados para o outro (Tír Na nÓg) e só eles podem salvar o mundo.
Ao chegar ao novo mundo os 3 rapazes (que são chamados de Na Daoine Roghnaithe, os escolhidos) são treinados e e-lhes dado a oportunidade de escolher que tipo de criatura querem ser. A partir daí o leitor encontra muita ação, aventura, lutas, magia e criaturas fantásticas.

Depois temos um pequeno pormenor que me agradou bastante. Nas páginas, junto ao número da página tem desenhada uma espada.



Eu acredito que os livros são para todas as pessoas e que um homem pode ler um romance bem lamechas e uma mulher pode ler thriller ou criminal. Mas a meu ver, este livro, é mais direcionado para rapazes adolescentes (a partir dos 11 ou 12 anos). Eu sou uma mulher adulta  e como podem ver li o livro mesmo sabendo que eu não faço parte do público alvo. O que me interessa é que história chame a minha atenção independentemente do género ou qual o público alvo a que está destinado.

Quero deixar uma sugestão. Acho que o livro seria mais interessante (e apelativo para a faixa etária que eu referi) se fosse uma BD (banda desenhada) ou graphic novels, como lhe chamam agora. Eu gostaria de ver as imagens dos jogos, as lutas e a visita que fizeram ao Templo. Talvez porque o livro fez-me lembrar dos desenhos da TV é que me parece que o livro seria muito mais interessante se fosse uma BD.

Tendo em consideração que o livro foi escrito por dois adolescentes (17 e 14 anos segundo a aba da contracapa) achei-o bastante bom. Já li livros, de autores adultos, muito piores.
Classificação: Gostei


7 de fevereiro de 2015

A Primeira Aldeia Global de Martin Page

  

Sinopse

Quando Jonas foi engolido pelo «grande peixe», tentava apenas escapar para o território que é agora Portugal. Foi aqui que Aníbal encontrou os guerreiros, as armas e o ouro que tornaram possível a sua marcha sobre Roma; e Júlio César, a fortuna que lhe permitiu as conquistas da Gália e da Inglaterra. Durante a Alta Idade Média, mais a norte, os governantes árabes integraram Portugal na civilização mais avançada do mundo. Após a conquista de Lisboa, pelos Normandos, o novo Portugal levou Veneza à bancarrota e tornou-se a nação mais rica da Europa.
Antes de ser eleito Papa, com o nome de João XXI, Pedro Hispano, nascido em Lisboa, escreveu um dos primeiros compêndios modernos sobre Medicina que, um século mais tarde, era livro de consulta obrigatória em quase toda a Europa. Os Portugueses levaram as túlipas, o chocolate e os diamantes para a Holanda, introduziram na Inglaterra o hábito do chá das cinco e deram a Bombaim a chave do Império. Ensinaram a África a proteger-se contra a malária e levaram carregamentos de escravos para a América. Introduziram, na Índia, o ensino superior, o caril e as chamuças e, no Japão, a tempura e as armas de fogo.

Opinião

 Durante os dias em que estive a ler o livro voltei às aulas de História de Portugal. Digo isto porque este livro não é um romance histórico mas uma aula de história. A única diferença é que não estava numa sala cheia de adolescentes barulhentos mas sim confortavelmente na cama.
O autor enaltece Portugal. Fiquei a saber mais sobre as nossas origens, os invasores romanos e árabes, as nossas conquistas, as aventuras marítimas, a grandeza dos nosso reis, dos exploradores, dos santos e dos guerreiros. Também aborda os tribunais da inquisição. Por último é referido o fim das dinastias, o início da República, a ditadura e as guerras.
Este livro pode ser chato e aborrecido mas sem dúvida que engrandece o povo Português e é principalmente uma lembrança e um lembrete do contributo que os portugueses deram ao mundo.
Mas o mais interessante é que o livro parece escrito por um Português que ama o seu País mas, o livro, é escrito pela perspetiva de alguém que não é Português mas que viveu em Portugal durante alguns anos.
Algumas das personagens abordadas no livros são: D. Afonso Henriques, Pêro da Covilhã, Bartolomeu Dias, João II, Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral, Afonso de Albuquerque, Fernão Mendes Pinto, Pombal, António de Oliveira Salazar, Mário Soares  e muitos outros.

Os Portugueses foram os melhores navegadores, conquistadores e conseguiram transformar um Condado  num País glorioso. Agora somos um País envelhecido, onde os mais jovens tem de emigrar para ter trabalho, onde há idosos com reformas de duzentos e poucos euros, onde as discrepâncias salariais são enormes e onde os nossos profissionais não são reconhecidos. Lá fora os nossos Portugueses ganham prémios e são-lhe dadas verbas para pesquisa enquanto que por cá mal conseguem sobreviver.
É claro que os Portugueses tiveram os seus altos e baixos. Nem tudo foi conquistas e vitórias também existiu sofrimento, opressão e derrotas.

Enquanto lia senti-me orgulhosa, triste e desapontada ao mesmo tempo. Orgulhosa pelo País que fomos e triste pelo País em que nos tornamos. Neste tempo de crise sem dúvida que o livro fez aumentar o meu ego de Portuguesa.
 
 
Classificação: Gostei

2 de fevereiro de 2015

TAG - Problemas de um leitor

Eu adoro estas TAG que fazem perguntas sobre nós e os nossos hábitos. Confesso que tenho dificuldades em responder às que temos de associar livros a determinadas coisas.
Vi esta TAG no blogue da Tita, http://o-prazer-das-coisas.blogspot.pt/. A TAG estava em PT-BR e eu tentei por em PT-PT.
São 11 perguntas sobre alguns problemas que acontecem ou podem acontecer aos leitores. Espero que gostem.

1. Tens 20 mil livros para ler. Como decides o que vais ler?
No máximo já tive 8 livros por ler, nisso sou muito poupada. Primeiro leio e só quando estiverem a acabar é que compro novos. Mas respondendo à pergunta primeiro lia os mais interessantes, aqueles que eu achasse que ia gostar mais.

2. Estás no meio de um livro, mas não está a gostar. Paras ou continuas?
Normalmente continuo mas faço um bocadinho de batota e vou passando à frente parágrafos. Só paro se não estiver a gostar mesmo muito do livro e mesmo assim ainda vou ver o final para saber o que acontece às personagens.

3. O fim do ano está a chegar, mas não tão perto de finalizar a meta de leitura. O que pretendes fazer e como?
Eu não me importo com metas. Se não consegui não há problemas.
Prefiro apreciar o livro com calma do que passar à frente folhas ou ler apressadamente.

4. As capas de uma série que amas são horríveis! Como lidas com isso?
Leio a série na mesma. A história é que interessa.

5. Todo o mundo, incluindo a tua mãe, gostam de um livro que não gostas. Como compartilhas esses sentimentos?
Infelizmente eu sou a única leitora. Quando a minha mãe pergunta o que ando a ler eu começo a fazer um resumo bastante detalhado do livro mas passados 2 minutos (ainda vou só no inicio da história) alguém muda educadamente de assunto (normalmente perguntam o que é o jantar ou se está a chover).
Respondendo à pergunta, hipoteticamente se isso acontecesse eu argumentava as outras pessoas argumentavam, dizíamos o que mais gostamos, o que mais detestamos e continuávamos amigos.

6. Estás a ler um livro em público e estás prestes a começar de chorar. O que fazes?
Paro de ler e começo a pensar em coisas felizes (arco-íris e unicórnios lol). Só choro em público se não o conseguir evitar.

7. A sequência do livro que amas acabou de sair, mas esqueceste parte da história anterior. Lês o anterior novamente? Pulas para a sequência? Lês uma sinopse ou resenha? Choras de frustração?
Leio o anterior novamente e se gostar muito da série posso mesmo reler todos os livros anteriores.

8. Não gostas que ninguém, NINGUÉM, pegue os teus livros emprestados. Como educadamente dizes às pessoas NÃO quando elas perguntam?
Eu não me importo de emprestar, até gosto de fazer trocas mas existem duas coisas que eu exijo que respeitem. 1) Que devolvam o/os livro/os e 2) Devolvam nas mesmas condições.
Caso não devolvessem dizia que primeiro tinha de me entregar o livro anterior e só depois emprestava outro e se o entregassem sujo ou danificado dizia para ter mais cuidado e caso voltasse a acontecer nunca mais emprestaria aquela pessoa.

9. Déficit de Atenção. Não consegues ler os livros que querias no último mês. O que fazes para voltar a ler mais?
Eu não gosto de forçar. Prefiro ler menos e aproveitar a leitura.

10. Há muitos livros novos que foram lançados e que estás a morrer de vontade de ler! Quantos deles realmente compras?
Primeiro vejo quanto dinheiro posso gastar e depois vejo quais os que realmente quero ler, quais os mais interessantes e até quais os mais baratos.

11. Depois de teres comprado os novos livros que tanto querias, quanto tempo eles ficam na tua prateleira antes de realmente o leres?
Começo logo a ler nessa noite ou assim que acabar de ler o que já tinha começado.