29 de novembro de 2015

Nunca me Esqueças de Lesley Pearse


Sinopse

Até onde iria por amor?
Num dia…
Com um gesto apenas…
A vida de Mary mudou para sempre.
Naquele que seria o dia mais decisivo da sua vida, Mary - filha de humildes pescadores da Cornualha - traçou o seu destino ao roubar um chapéu.
O seu castigo: a forca.
A sua única alternativa: recomeçar a vida no outro lado do mundo.
Dividida entre o sonho de começar de novo e o terror de não sobreviver a tão dura viagem, Mary ruma à Austrália, à época uma colónia de condenados. O novo continente revela-se um enorme desafio onde tudo é desconhecido… como desconhecida é a assombrosa sensação de encontrar o grande amor da sua vida. Apaixonada, Mary vai bater-se pelos seus sonhos sem reservas ou hesitações. E a sua luta ficará para sempre inscrita na História.
Inspirada por uma excepcional história verídica, Lesley Pearse - a rainha do romance inglês - apresenta-nos Mary Broad e, com ela, faz-nos embarcar numa montanha-russa de emoções únicas e inesquecíveis.

Opinião

Este é o primeiro livro que leio desta autora mas andava muito curiosa porque vi muitos comentários sobre a sua maravilha escrita. Eu gostei da história e das personagens mas não fiquei totalmente rendida ao livro. Em parte, isso deve-se porque não consegui deixar de fazer comparações com outro livro (Loanda: Escravas, Donas, Senhoras de Isabel Valadão), que li ainda há pouco tempo. Embora as histórias sejam diferentes os alicerces são os mesmos. Ambas as protagonistas são mulheres fortes, inteligentes e sobreviventes. Ambas foram condenadas (embora por crimes diferentes) e enviadas para colónias.

Para começar este livro foi inspirado numa história verídica e achei importante o facto da autora, no final do livro, ter dito o que tinha acontecido a algumas das pessoas na vida real.
Adorei todas as personagens principalmente Mary. A protagonista é uma mulher muito forte, corajosa, destemido e inteligente apesar de não saber ler nem escrever. Mary teve uma vida miserável, passou muitas atrocidades e sobreviveu quando outras pessoas morreram.

É uma história tocante e cheia de momentos intensos. As doenças, a sobrevivência e a morte acompanham toda a narrativa. É demasiado chocante as atrocidades que os condenados tiveram de passar e sinceramente acho que as pessoas que morreram durante a viagem foram umas sortudas. As condições foram totalmente desumanas.

Definitivamente quero ler mais livros desta autora.

Classificação: Gostei muito

Resumo desafios: Com a conclusão da leitura do livro Nunca me esqueças conclui o Desafio Literário 2: Chegada do Outono.
Quanto ao Desafio Assombração de Leituras ainda me falta ler 2 livros. Neste momento estou a ler “Misery” e desisti  de “O espírito do mal”.

22 de novembro de 2015

O Reino dos Sonhos de Santiago Garcia-Clairac



Sinopse



A história de Arturo, um jovem que no seu dia-a-dia se confrontado com forças do mal e que opta por lutar contra elas. Arturo acaba por viver em mudos paralelos e em ambos leva uma existência secreta, pois tem de esconder o segredo de que sabe magias. Tão depressa se encontra no reino dos sonhos a lutar com dragões e reis assassinos, como no real das Trevas em que vive a lutar com os mensageiros do Mal que vão cercando a sua quinta.

Opinião



O Reino dos Sonhos é um livro de fantasia onde existe magia e dragões. Também se pode dizer que conta a história do Rei Artur embora seja muito diferente da que conheço. Como este é o primeiro livro talvez o seguinte se aproxime mais da versão habitual, nunca irei saber porque parece-me que a série foi cancelada.

Inicialmente fiquei a conhecer dois Artur diferentes. Um vive em Férenix no século XXI e outro na idade média. Ambos se chamam Arturo Adragón, ambos tem 14 anos e de alguma maneira estão ligados apesar da diferença de séculos.



As personagens que mais gostei, na idade média, foi do alquimista Arquimaes, um homem sábio que queria construir um mundo melhor e no século XXI gostei de Perneta um arqueólogo que foi demitido e tornou-se num mendigo. Não consegui adorar nenhum dos Arturo mas gostei que seguissem os seus instintos e lutassem pelos seus ideais.

Duas das personagens que menos gostei foi do pai de Arturo (do século XXI) e de Sombra. Ambos sabem mais do que aparentam e escondem segredos de Arturo. Não gostei dessa deslealdade para com o filho e amigo.



Inadvertidamente tentar descobrir fazer corresponder mais personagens da idade média com as do século XXI e também com as personagens que conheço do Rei Artur. Não fui bem sucedida mas foi divertido tentar fazer corresponder as personagens.



Para além da fantasia existe alguns problemas sociais mais reais como a pilhagem de artefactos históricos e o bullying (o Arturo do presente tem uma marca de nascença com a forma de um dragão na cara).

Não amei o livro mas fez-me sonhar com um mundo de magia e fez-me ir pesquisar um pouco mais sobre o Rei Artur. 

Classificação: Gostei

14 de novembro de 2015

TAG – Hábitos de leitura

Antes de mais quero agradecer às meninas dos blogues Sabores e Dissabores Literários e a kel a Rapariga dos Livros que me nomearam para a TAG.
Assim sendo vamos às respostas.

1. Tens um lugar específico na casa para ler?
Não. Normalmente leio no meu quarto mas outras vezes utilizo o sofá da sala e também já li na cozinha.

2. Marcador ou Pedaço de Papel?
Se o livro trouxer marcador utilizo-o mas também uso pequenos calendários e só se não encontrar nenhum é que uso o primeiro papel que aparecer. Já utilizei lenços de papel e pacotes de açucar.

3. Consegues parar simplesmente de ler ou tem de ser sempre no final de um capítulo ou a um certo número de páginas?
Prefiro parar no final do capitulo, para mim fica mais fácil depois começar num novo capitulo do que andar meia perdida e não saber em que parágrafo fiquei.

4. Comes ou bebes enquanto lês?
Não. Aprendi da pior maneira que ficam sempre migalhas e dedada.

5. Música ou TV enquanto lês?
Nenhum. Eu gosto de silêncio enquanto leio.

6. Um livro de cada vez ou vários ao mesmo tempo?
Normalmente leio 2 de cada vez. Como requisito na biblioteca e tenho 15 dias para os ler e essa é a minha prioridade. Quando consigo acabar com alguma antecedência utilizo os restantes dias para ler os meus.
Embora tenho de confessar que já há alguns meses que não requisito nenhum mas continuo a ler 2 de cada vez.
 
7. Ler em casa ou em qualquer lugar?

Como já referi acima, leio em qualquer lugar, mas prefiro ler no meu quarto ou na sala de estar.

8. Ler em voz alta ou silenciosamente?
Silenciosamente embora algumas vezes resmungue em voz alta.

9. Lês para a frente e/ou pulas páginas?
Depende do livro. Normalmente prefiro ler seguido e não perder pitada mas nem sempre consigo porque há livros muito chatos mas como não sou de desistir faço um pouco de batota para saber o final e ficar a perceber minimamente a história.

10. Quebrar a lombada ou mantê-la como nova?
Mantê-la como nova mas nem sempre isso é possível. Fico um pouco aborrecida mas não é o fim do mundo.

11. Escreves ou fazes anotações nos livros?
Não. Eu tenho um livro de anotações onde escrevo algumas citações de que goste ou coisas que chamem a minha atenção.

12. Quem tagueias?
Sintam-se todos tagueados. Quem quiser responder está à vontade.

7 de novembro de 2015

AVC do amor" de Luís Abreu


Sinopse

AVC do Amor é um texto de ficção, baseado na realidade e que relata, de uma forma “leve”, não espiritual e alegre a rotina diária de uma paralisia causada por um AVC. Neste texto, o autor, ele próprio tetraplégico, faz um relato muito verosímil e realista dessa condição, misturando-o com grandes paixões, com uma viagem a outra dimensão e com alguns episódios ligeiramente humorísticos.
Com várias histórias, AVC do Amor conta-nos alguns eventos passados na adolescência e na vida adulta de Rodrigo. Personagem principal que se recusa a acreditar no AVC e que, com a pertinência das suas questões, leva o leitor a duvidar da sua condição de tetraplégico. O autor guarda segredo da sua condição e nunca revela se está mesmo tetraplégico, deixando essa decisão ao leitor.
O texto percorre várias fases da vida de Rodrigo, personagem usado para o autor refletir sobre os múltiplos assuntos que o apoquentam negativa ou positivamente.
É uma obra desconcertante que provocará, de certeza, múltiplos sentimentos conforme o estado de espírito de cada leitor.

Opinião

Antes de mais quero agradecer ao autor por ter entrado em contacto comigo e me ter disponibilizado o seu livro. Sou agora uma pessoa que valoriza mais a vida.

Este é um livro emocionante, cheio de sentimentos e de motivos para valorizarmos a vida. Sim é verdade que a maioria de nós, que temos tudo, não valorizamos algo que nos foi dado, algo que é um dado adquirido, algo como a vida. No entanto valorizamos coisas sem importância, coisas sem valor. Mas neste livro o autor mostra a importância que a vida tem.

Em AVC do Amor ficamos a conhecer Rodrigo um homem que se recusa a acreditar no AVC. No livro percorremos as várias fases da vida de Rodrigo.

Este é um livro que se lê num instante e a escrita é fluida. E acima de tudo é uma grande lição de vida.

Se quiser visitar a página do autor Luis Abreu deixo o link aqui. Para finalizar, ao comprar o livro está a contribuir com 50% do lucro que reverte para a Associação Salvador.

Sobre o autor
 

Luís Abreu nasceu no ano de 1973 em Luanda. Veio para Portugal com 30 meses para morar em Vieira de Leiria, aos 4 anos mudou-se para Paio Pires e aos 13 anos foi viver para Almada. Estudou engenharia informática no IST, foi sócio de uma empresa de novas tecnologias e trabalhou numa multinacional onde esteve envolvido em projetos de âmbito nacional. Em 2006 teve um avc gravíssimo que quase o levou à morte. Contrariando as evidências sobreviveu e, desde então, tem tido vários ganhos que, apesar de lentos, são o culminar de muito esforço e dedicação do próprio e de todos que o rodeiam. É autor da página do facebook “Palavras Paralíticas - Luís Abreu” e tem publicados:

A título individual:
    Insónia, Minerva, 2012
    Fragmentário, Chiado Editora, 2013
    Muros e Amor, Chiado Editora, 2014
A título coletivo:
    Conto de Poetas; Nós, Poetas, Editamos; 2013
    Nós, Poetas, Editamos IV; Nós, Poetas, Editamos; 2013
    Entre o sono e o sonho – Antologia de Poesia
Contemporânea Vol. VI, Chiado Editora, 2015
    Entre o sono e o sonho – Antologia de Poesia
Contemporânea Vol. V, Chiado Editora, 2014
    Entre o sono e o sonho – Antologia de Poesia
Contemporânea Vol. IV, Chiado Editora, 2013
Entre o sono e o sonho – Antologia de Poesia    
Contemporânea Vol. III, Chiado Editora, 2012

2 de novembro de 2015

Lago Perdido de Sarah Addison Allen


Sinopse

A primeira vez que Eby Pim viu Lago Perdido foi num postal. Apenas uma fotografia antiga e algumas palavras num pequeno quadrado de papel pesado, mas quando o viu soube que estava a olhar para o seu futuro.
Isso foi há metade de uma vida. Agora Lago Perdido está prestes a deslizar para o passado de Eby. O seu marido George faleceu há muito tempo. A maior parte da sua exigente família desapareceu. Tudo o que resta é uma velha estância de cabanas outrora encantadoras à beira do lago a sucumbirem ao calor e à humidade do Sul da Georgia, e um grupo de inadaptados fiéis atraídos para Lago Perdido ano após ano pelos seus próprios sonhos e desejos.
É bastante, mas não o suficiente para impedir Eby de abrir mão de Lago Perdido e vendê-lo a um empreiteiro. Este é por isso o seu último verão no lago… até que uma última oportunidade de reencontrar a família lhe bate à porta.

Opinião

Eu andava muito curiosa em ler algo desta autora porque vi óptimos comentários a este e outros livros de Sarah. Tenho de vos dizer que todas as criticas sobre a magnifica escrita da autora são verdadeiros.
Simplesmente envolvi-me na história e na vida das personagens que quis que se tornassem reais.

Este é um livro que me fez sonhar com o Verão e com a férias, que ainda falta tanto para ter. Eu consegui imaginar-me no Lago Perdido a desfrutar de uma tarde de Verão a ler um bom livro ou a namorar. Amei quase todas as personagens desde Kate (uma viúva que finalmente acorda para a vida desde que o marido morreu), Devin (a filha de Kate), Eby (uma mulher bondosa que ajudou muitas famílias), Lisette (cozinheira e amiga de Eby), Wes (que teve infância traumática), até aos únicos 3 hospedes que não abandonaram Lago Perdido – Selma (uma pessoa arrogante e parece não se preocupar com ninguém), Bulahdeen  (uma idosa simpática) e Jack (que está apaixonado por Lisette e nunca teve coragem de lhe dizer).

Gostei da autora não se ter focada apenas na história de Eby e na de Kate. Ao longo do livro conhecemos também a vida dos hospedes e da cozinheira.

Lago Perdido é sobretudo uma história sobre a família, a amizade, o amor, a perda dos nossos familiares (mais especificamente os maridos) e segundas oportunidades. Mas também demonstrando-nos que o futuro não tem de ser um espelho do passado nem nos obriga a ir com a corrente. É sim a nossa oportunidade para nos superarmos e mudarmos os nossos finais.


Classificação: Melhor impossível